Nossos vizinhos eram quase exclusivamente caboclos, os quais tinham casinhas semelhantes à nossa e que ficavam a uma distância uma da outra de mais ou menos 100 até 200 m. A casa de uma de nossas operárias ficava de frente a nossa, do outro lado da estrada e era também de tábuas. O chão era de barro batido e o telhado também era coberto com folhas de palmeira. No entanto, o fogão lá era diferente: Era uma espécie de uma grande caixa de madeira, preenchida com barro batido e cuja superfície era lisa. Em cima disso tinha no meio um fogo, sobre o qual se pendurava uma chaleira. Sobre uma estrutura, a qual ficava ao longo da parede, encontrava-se uma tábua de 10 cm de altura, que servia de banco e quando ficava frio, a família toda sentava em volta do fogo.
Os caboclos eram pessoas muito amáveis e prestativas. A qualquer hora era possível pedir conselhos ou ajuda e eles estavam imediatamente à nossa disposição. A maioria deles falava um pouco de alemão, de modo que a comunicação entre nós não foi tão difícil. Naturalmente também eles vinham freqüentemente que pedir a nossa ajuda. Minha mãe, principalmente, fez muito por eles, como, por exemplo: quando alguém ficava doente ou tinha qualquer outro problema de saúde. Uma vez a senhora, a qual trabalhava para nós, veio correndo, toda agitada, e já de longe gritava: “Dona Johanna, venha, venha depressa ver minha Maria. Ela está se sentindo tão mal!” Minha mãe correu à casa da senhora e quando chegou lá notou que a Maria estava com dores de parto e que estava prestes a dar a luz à uma criança. Assim, minha mãe teve até que agir como parteira. Até para cortar os cabelos das crianças, uma vizinha nossa, que também trabalhava para nós, vinha sempre para nossa casa. Eles, por outro lado, nos ajudavam freqüentemente com os seus simples, porém muito bons remedinhos. Uma noite um dos nossos touros ficou doente. Ele estava com uma barriga toda inchada e gritava sem parar de tanta dor. Chamamos uma das nossas vizinhas e elas sugeriram preparar uma bacia com uma solução bem forte de água com sabão e fazer o touro engolir o preparado. Depois tivemos que fazê-lo andar em círculos e nisso ele começou a vomitar e a "cagar" medonhamente. Pouco tempo depois o touro estava bem de novo. Ele tinha comido sem querer uma mandioca venenosa.
Estes caboclos trabalhavam às vezes para nós (dois ou três e de vez em quando também mais) mantendo a plantação livre de ervas-daninhas ou para limpar uma área de mata virgem. Eles recebiam dinheiro pelo trabalho, ou às vezes recebiam roupas usadas que minha tia de vez em quando mandava da Alemanha.
Eu fiz rapidamente amizade com as crianças e brincava muito com elas. Na região não existiam escolas ou então elas ficavam muito longe, de modo que minha irmã ou também meus pais me davam aulas. Porém, minha ocupação preferida era cavalgar ou subir em árvores. Evidentemente eu também tinha que ajudar muito no trabalho, como, por exemplo, alimentar os animais, buscar água, buscar ração na roça e isso tinha que ser feito com qualquer condição de clima, fizesse frio, chuva ou sol. Os animas tinham fome e tinham que ser alimentados. Às vezes tinha que levar o café da manhã aos operários na roça. Aí eu tinha que subir um morro e andar ainda um bom bocado. Mais tarde eu também tive que ajudar na plantação e capiná-la. De maneira geral sempre andávamos descalços, e com isso criamos uma camada grossa de calos embaixo dos pés, de modo que podíamos andar em qualquer tipo de vegetação e pelas picadas através da mata virgem sem sentir muito os espinhos, pedras e paus pelo caminho. As cobras nos assustaram no começo, porém com o tempo nós nos acostumamos a elas e quando encontrávamos uma, a matávamos a golpes com um pau. Cobras havia aos montes na região, principalmente nas gargantas úmidas. Nosso operário, que trabalhava na mata, encontrou e matou várias vezes grandes Jararacas-Açú e as trazia até a nossa casa para mostrá-las a nós e nos dizia, no seu alemão de caboclo: “Ambrot bonito Leberwurscht!”, querendo dizer com isso, que teríamos um bonito jantar com uma salsicha de fígado. Meu pai tirava a pele dessas cobras, as deixava secar e as mandava para a Alemanha. Também traziam outros animais, às vezes vivos e às vezes mortos, pois sabiam que meus pais sempre pagavam alguma coisa pelos animais. Assim nos trouxeram, por exemplo, gatos selvagens, pequenos tamanduás, macacos, tatus e outros mais.
Os índios “Botocudos” viviam a mais ou menos 15 a 20 km de distância de nossa casa. Antes da nossa chegada ao Brasil chegaram a realmente atacar uma vez ou outra a vizinhança. Aí apareceu um rapaz jovem e corajoso, Eduardo Hoerhahn, que cuidadosamente se aproximou dos índios e lhes fez um sinal que tinha intenções pacíficas. Ele tirou as suas roupas e as jogou aos índios. Eles o pegaram e primeiramente cortaram seus cabelos e fizeram outras coisas com esse Eduardo. Devagarzinho ele foi conquistando a simpatia dos índios até que conseguiu civilizá-los. Ele os ensinou agricultura e pecuária e depois de um tempo também eles iam vender ou trocar as suas mercadorias nas aldeias vizinhas. Eu tinha muito medo que talvez um dia um deles pudesse aparecer em nossa roça. Um dia meu pai tinha esquecido uma das ferramentas bem perto da mata virgem e me pediu que fosse buscá-la. Com os joelhos tremendo e em companhia de nosso cachorro consegui enfim ir até lá. Quando cheguei aos arbustos perto da mata, ouvi um ruído e de susto fiquei primeiramente paralisada, porém de repente agarrei a enxada e corri ao que desse e pudesse. Provavelmente o ruído foi somente um galho que havia caído, o qual estava podre ou seco, ou mesmo um pequeno animal, no entanto para mim foi um susto horroroso.
Entrementes já havíamos comprado mais vacas e melhores cavalos. Tínhamos duas éguas marrons, Liese e Lotte, e um cavalo branco muito forte. Agora também tínhamos uma grande quantidade de galinhas e algumas delas punham seus ovos embaixo da nossa casa, que ficava a meio metro de distância do chão. Era sempre minha tarefa de rastejar embaixo da casa e colher os ovos. Na cozinha, porém, tinha uma tábua solta no chão que dava para levantar e facilmente pegar os ovos. Esta tábua estava perto daquela única parede de barro. Um dia meu irmão levantou aquela tábua e se apoiou naquela parede, porém ela não agüentou e caiu, com chaminé e tudo, no jardim. Enquanto isso tínhamos feito no jardim um canteiro com flores da melhor maneira que se podia fazer num solo de barro, de modo que a aparência da nossa casa já era bem melhor. Com esse acidente, a parede de barro foi então substituída por uma de tábuas de madeira.
No mínimo uma vez por semana minha mãe fazia uma lista de todas as coisas que nos faltavam, mantimentos e etc., e eu então pulava na garupa de um dos nossos cavalos e ia para Nova Bremen para fazer compras no “Consumo”. Lá era possível comprar fiado e quando o milho era colhido, ou mesmo com o leite que era recolhido diariamente, saldava-se a dívida. Quando cavalgava, colocava somente um cobertor no cavalo, pois não tínhamos selas.
Meu pai gostava e fazia muitos melhoramentos na casa e naturalmente com isso não lhe restava muito tempo para se preocupar com a agricultura e isso foi um erro. Aos poucos o nosso dinheiro foi acabando. Em um ano tivemos uma grande seca e toda a nossa plantação foi perdida, ou então investimos tudo na criação de porcos e de repente os preços dos porcos caíram tanto, que também aqui resultou em perda.
Nesse meio tempo recebemos vizinhos alemães. A família consistia de pai, mãe, uma filha, 2 ou 3 anos mais velha que eu, e um garoto da minha idade. Essa família comprou cerca de 10 minutos a pé de nossa casa, um pedaço de terra, o qual estava nas mesmas condições que a nossa terra no princípio.
Fizemos grande amizade com eles, de modo que passamos boas horas de lazer juntos. Aos domingos uma família visitava a outra ou atravessávamos o rio com a canoa e íamos juntos visitar uma outra família. As crianças se entendiam muito bem e gostávamos muito de brincar juntas.
Além disso, um ex-Oficial da 1. Guerra Mundial fixou residência nas nossas proximidades e vinha freqüentemente, nas suas horas livres, nos visitar, pois sozinho se sentia muito entediado. A primeira coisa que sempre dizia era: “Estou atrapalhando?” De fato ele era muito atarefado, pois tinha que fazer tudo sozinho. Além do plantio de suas terras, ainda tinha que arrumar sua casa e cozinhar. Nos momentos de pausa queria estar sempre em companhia e vinha com grande prazer nos visitar. Ele veio primeiramente sozinho ao Brasil para fixar a residência e sua esposa queria vir mais tarde. Porém, como sua mulher era muito mimada e uma mulher de cidade grande, ela preferiu ficar na Alemanha mesmo. O pobre homem sofria muito com sua propriedade, pois também ele não estava habituado ao trabalho árduo. Depois de um par de anos resolveu desistir de tudo e mudar-se para Nova Berlim (essa aldeia fica bem perto de Hammonia). Lá ele pegou um trabalho bastante simples e no final estava tão desesperado, que acabou se suicidando. Ele deu um tiro na sua cabeça.
Nossas experiências na fazenda eram numerosas e diversas e aqui quero somente mencionar algumas delas:
Um dia acordamos cedo e encontramos minha irmã em sua cama com o corpo completamente rígido e não podia movimentar nenhum membro. Meus pais ficaram terrivelmente assustados e não sabiam o que fazer. Para ir até o próximo médico em Hammonia era impossível e levaria horas para chegar lá. Decidiram consultar o livro de medicina e deram algumas pílulas muito fortes da própria farmácia domiciliar. Porém somente dias mais tarde, começaram a aparecer os primeiros sinais de melhoria e devagarzinho minha irmã pode se mover normalmente. Disseram-nos que provavelmente foi uma picada de aranha que causou essa paralisia.
Uma vez eu também tive a seguinte experiência: Acordei no meio da noite sentindo umas coceiras e coisas caminhando sobre meu corpo e chamei minha mãe: “Mãe, venha depressa. Estou com um monte de pulgas!” Quando minha mãe ascendeu a lâmpada de petróleo, ela verificou que tinha um monte de formigas migrantes atravessando a minha cama. Essas formigas migram em milhares numa região e comem todos os pequenos insetos que encontram pelo caminho, como baratas, aranhas, pequenos ratos e outros tipos. Graças a Deus eu era muito grande para elas, pois, caso contrário, também teriam me comido.
Freqüentemente passavam enormes rebanhos de animais ou manadas, algumas vezes também centenas de cavalos pelo nosso território. Estas “tropas” eram acompanhadas por muitos “tropeiros” que vinham dos planaltos e que eram levadas até a próxima cidade para serem vendidas por lá. Freqüentemente acontecia que uma rês, com seus grandes chifres, invadia uma loja de “Secos e Molhados” e se embaraçava nas coisas que estavam penduradas no teto. Se, por um acaso, se era pego em flagrante com a charrete no meio do caminho de uma tropa, o melhor que se podia fazer era parar e deixar que todo o rebanho passasse, pois senão era colisão na certa.
Quando os “Tropeiros” voltavam, com a bolsa cheia de dinheiro, paravam normalmente em uma venda para empurrar, com um copo de pinga, a poeira da estrada e assim de vez em quando acontecia uma troca de tiros.
Muito raramente passava um carro por nossa região, pois as ruas eram muito ruins e quando chovia só era possível passar com correntes de lama presas nas rodas e mesmo assim, acontecia que os carros acabavam atolando na lama. As grandes carretas, as quais estavam muito carregadas, só podiam andar com quatro trações. Durante o período de chuvas era terrível, pois em toda parte só tinha lama e grandes poças de água. De vez em quando, então, fazia bastante frio. Às vezes, pela manhã, havia uma camada fina de gelo nas poças de água. No nosso pátio tinha um grande chiqueiro e um galinheiro. No período de chuvas de vez em quando tudo se inundava e eu precisava atravessar um lago gelado para ir apanhar os ovos das galinhas. Mais tarde, meu pai resolveu abrir uma vala através de uma pequena colina e assim a água podia escorrer melhor. Como em toda parte só tinha lama e no sair e entrar em casa carregávamos muito dela entre os dedos e na sola dos pés, tínhamos sempre dentro de casa um chão coberto de lama, de modo que, quando secava, ela tinha que ser raspada com uma enxada.
Com referência à nossa casa, ainda tenho o seguinte a contar: Os móveis foram feitos principalmente das caixas de mudança que trouxemos da Alemanha. Assim, algumas foram usadas como armários, outras foram usadas como camas cobertas com um saco de palha de milho ou então como sofá. Meu pai construiu com tábuas a mesa e os bancos, as quais foram compradas na serraria “Golnik”, que ficava meio hora a pé da nossa casa em direção a Nova Bremen, no começo do Caminho do Meio. Quando se seguia em frente nessa estrada, passava-se por várias fazendas. Os bisavôs desses proprietários tinham chegado ao Brasil com o fluxo de emigração alemã, que aconteceu há mais de 100 anos atrás. Essas pessoas ainda falavam alemão, porém a gramática deixava muito a desejar. Assim, uma vez, veio um garoto à nossa casa e queria buscar algo. Então viu um par de sapatos do meu pai, que provavelmente o agradou muito, o calçou e perguntou ao meu pai: “Die passen mich grade, kenn se mich die geben?” (a tradução é mais ou menos assim: “Eles servem me, pode a mim eles dar?”)
Como na nossa colônia não plantávamos nenhum outro cereal além de milho, minha mãe assava sempre pão de milho, enquanto que muito raramente tínhamos a oportunidade de ver e muito menos comer pão de trigo. No entanto nos acostumamos ao pão e ao sabor, que também era muito bom. Quando queríamos comer pão de trigo, colocava um saco de milho na minha frente, ao montar a cavalo, e o levava até o moinho em Nova Bremen, onde o trocava por um saco de trigo. À parte disso, tínhamos sempre muita carne de porco para comer, pois meus pais mesmo abatiam os animais e faziam carne salgada e salsicha, a qual também era defumada no nosso próprio defumador. A banha era aproveitada para passar no pão, pois manteiga era uma raridade na nossa casa e, além disso, o leite tinha que ser vendido para conseguir um pouco mais de dinheiro. Porém, frutas e verduras não faltavam às nossas refeições e comíamos com carne ou aipim, ou mesmo nhoques feitos com farinha de mandioca. Comprávamos a farinha de nosso vizinho, que tinha uma primitiva produção própria. Além da farinha, também tinha uma produção primitiva de açúcar. Por exemplo: era uma barraca grande na qual tinha no meio dela três rolos compressores. Esses rolos eram operados por um boi, cujos olhos estavam vendados, que andava em círculos. Dos dois lados dos rolos tinha uma pessoa que enfiava os caniços de açúcar de um lado e a outra pessoa pegava o caniço e novamente o enfiava nos rolos compressores para tirar todo o suco existente dos caniços. Embaixo dos rolos havia uma tina que captava o suco espremido. Este suco era cozinhado até que se formasse um açúcar não alvejado de cor marrom.
Minha vida como criança foi naturalmente muito diferente daquela que uma criança da cidade conhece. Os únicos brinquedos que possuíamos eram aqueles que meus pais confeccionavam, ou aqueles poucos que havíamos trazido da Alemanha na nossa mudança.
Aos sábados íamos freqüentemente tomar banho no rio. Entretanto tínhamos que caminhar através de várias propriedades de vizinhos, descer o monte até o Rio Hercílio. Esse rio era relativamente largo e tinha muitas pedras grandes. Nossa vizinha Antonia, que sempre ia junto conosco, vinha sempre nos encontrar e dizia: “Kommst Du mit Ascha wasch? (tradução semelhante a: “Você vem cú lavar?”
Meu pai construiu um caminho à nossa roça que era relativamente bom. Ele seguia através de uma garganta, morro acima até a nossa plantação. Assim podíamos transportar a nossa colheita com nosso trenó puxado a cavalo. Já tínhamos uma plantação de bananas maior do que antes e também muito milho.
Um dia meu irmão e eu carregamos com milho o nosso trenó até o limite máximo e depois nos sentamos encima daquilo tudo e assim partimos. Quando passávamos por um desfiladeiro, numa curva, o nosso trenó derrapou e caiu dentro de uma plantação de bananas e nós dois junto com todo o milho há mais ou menos dois metros barranco abaixo.
Freqüentemente mandávamos cortar a “Capoeira” (matagal cerrado) ou a mata, a fim de ter mais terra aproveitável. O operário cortava primeiro as plantas menores e os galhos inferiores das árvores e depois vinham as árvores mais volumosas. Ao redor da lenha que sobrava, limpava-se uma faixa larga de terreno e quando tudo estava bem seco, num belo dia ensolarado, queimávamos tudo. Porém, muitas vezes acontecia que as chamas pulavam por cima dessa faixa e começavam a arder do outro lado. De vez em quando as chamas eram imensas e o vento as espalhava rapidamente. Tudo e todos que tinham braços e pernas tinham que ajudar no combate às chamas usando um grande ramo verde de uma árvore.
Meu irmão, porém, não tinha mais vontade de levar esse tipo de vida, pois ele se tornara um rapaz de 15/16 anos. Resolveu, então, de uma forma ou de outra ganhar dinheiro. Primeiro viajou de uma fazenda a outra com um mercante de amostras de tecidos. Trabalhou por um período numa fazenda maior e de lá foi parar em Hammonia e trabalhou em um pequeno hotel. Ele largou depois este emprego e resolveu visitar várias cidades, a maioria delas capitais de estados brasileiros. Assim conseguiu cada vez mais sucesso no trabalho e conseguiu pegar a representação de grandes empresas.
Quando meu irmão uma vez voltou para casa para nos visitar, me deu de presente uma carteira com 10 mil Reis. Eu fiquei tão contente que, numa próxima oportunidade, usei esse dinheiro para comprar uma cabrita. Pouco depois ganhei de um outro colonizador dois cabritinhos. Infelizmente um deles faleceu logo em seguida, porém o outro cresceu e pouco tempo depois a minha cabrita teve dois cabritinhos. Um era preto e o outro todo branco.
Minha irmã resolveu aceitar um emprego em Trombudo, cujo anúncio havia aparecido no “Mensageiro da Selva”, como professora particular numa família alemã.
Após termos vivido três anos na nossa colônia, foi oferecido ao meu pai uma possibilidade de trabalho, onde poderia ganhar dinheiro de uma maneira mais fácil. Estava sendo programada a chegada à nossa área uma grande quantidade de emigrantes alemães/russos (Menunitos), que deveriam ficar na região do Rio Craul. Meu pai então foi empregado numa comissão de recepção em Hammonia.